Em partida carregada de tensão, Portugal e Espanha decidem nos pênaltis

A partida jogada na Arena Donbass, em Donetsk, foi tensa, disputada, mas pouco movimentada. O toque de bola espanhol dava um ritmo lento à partida, que só foi definida nas cobranças de pênalti, com vitória da Espanha.

Portugal veio a campo sem surpresas, com a mesma equipe que tem sido titular ao longo de toda Eurocopa. Na equipe espanhola, a dúvida estava no setor de ataque: Fabregas ou Fernando Torres? Vicente Del Bosque surpreendeu a todos e escalou Negredo, jogador do Sevilla, no ataque espanhol.

Famosa por seu estilo de jogo de toques curtos, ritmo envolvente e posse de bola excessiva, a Espanha não conseguiu imprimir essas características na primeira etapa. A marcação pressão portuguesa dificultava as trocas de passes da Fúria, que se via obrigada a lançar mão da ligação direta, a fim de desafogar o setor defensivo. Mesmo com um jogo bastante disputado, as equipes não foram muito efetivas e criaram pouco.

Cristiano Ronaldo leva perigo. Crédito: uefa.com
A melhor chance espanhola veio aos 29 minutos. A jogada teve início em lançamento longo para o ataque, Negredo fez o pivô e entregou a bola para Xavi, este acionou Iniesta, que entrava livre na área; o meia do Barcelona recebeu, limpou o lance e chutou a bola por cima da meta. As chances de Portugal apareciam em contra-ataques velozes puxados por Cristiano Ronaldo, mas não levou grande perigo ao gol de Casillas.

A tônica da segunda etapa foi a mesma da primeira. Mesmo tendo uma posse de bola ligeiramente superior, os espanhóis não conseguiam converter este fato em finalizações. Portugal também tinha dificuldade para chegar à meta adversária. As jogadas de ataque portuguesas  eram mais efetivas, mas faltava qualidade a Hugo Almeida, que não conseguia finalizar com qualidade.

Iniesta tem ótima oportunidade de marcar. Crédito: uefa.com
As melhores chances de Portugal apareciam em cobranças de falta de Cristiano Ronaldo. Em três oportunidades, o capitão lusitano levou perigo, sempre com chutes de muito efeito. Já a Espanha continuava com o toque de bola improdutivo. A entrada de Fabregas travou ainda mais a equipe, que não finalizava, senão com chutes de média distância que não assustavam o adversário. A última boa chance do segundo tempo veio em contra-ataque desperdiçado por Ronaldo.

O primeiro tempo da prorrogação foi morno. A Seleção Espanhola teve mais posse de bola, enquanto os portugueses buscavam um contra-ataque. Com o domínio da bola, as chances apareciam. Jordi Alba, até então apagado, aparecia bem pela esquerda, criando perigo. Na melhor chance criada, Rui Patrício fez grande defesa após finalização de Iniesta.

Sentindo o desgaste da partida, as duas equipes deram espaços para contra-ataques em velocidade, porém ninguém aproveitou e a partida foi decidida nas cobranças de pênalti.

Fabregas comemora a vitória espanhola. Crétito: uefa.com
Logo nos dois primeiros lances, Casillas e Rui Patrício brilharam ao defender,cada um, uma bola. Na sequência, houve uma série de cobranças convertidas por Iniesta, Pepe, Piqué, Nani e Sérgio Ramos. Era chegada a hora da cobrança de Bruno Alves. O zagueiro português chutou com força, tirou a bola do goleiro, mas acertou o travessão. A bola que poderia dar a vaga na final aos espanhóis estava nos pés de Fabregas. E o camisa 10 não titubeou, mandou a bola para o fundo da rede e correu para celebrar a vitória espanhola.

A Espanha aguarda o vendedor da partida partida entre Alemanha e Itália para saber quem será o adversário da decisão de domingo às 15h e 45min, em Kiev. Portugal a disputa o 3° lugar contra o derrotado da mesma partida. O confronto ocorrerá sábado, às 15h e 45min.

Por: Felipe Milanezi (@_Milanezi_)

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